Stephane era professora de dança no estado de Minessota. Começou a se sentir mal depois de ter comido hambúrguer preparado em casa pela mãe, que havia comprado uma caixa no setor de congelados do supermercado.
Os sintomas começaram com diarréia, depois Stephanie teve convulsões, ficou inconsciente e entrou em coma induzido por nove semanas. Após dois anos, ela não consegue mais andar. Chorando, a ex-professora de dança diz que nunca pensou que um hambúrguer fosse mudar completamente a sua vida.
O sistema nervoso dela foi atingido pela bactéria escherichia coli, que estava alojada na carne moída. O hambúrguer é o arroz com feijão dos americanos. Nos Estados Unidos, a carne é normalmente moída em grande escala fora do supermercado, em centros industriais. Cada pacote pode ter uma mistura de várias partes do boi. E é aí que está o risco.
A bactéria fica alojada no intestino do gado. Às vezes, no abatedouro, partes do intestino contaminadas com a bactéria são cortadas e se misturam a outras peças que, depois, são moídas.
Apesar da fiscalização intensa, não são raros os casos de apreensão de carne, por suspeitas de contaminação.
Nos últimos dois anos, 112 pessoas adoeceram no país, atingidas pela bactéria. O governo retirou 14 milhões de toneladas de carne das prateleiras.
Casos graves, como o de Stephanie são muito raros. Mas especialistas em saúde ensinam: para evitar misturas e carnes contaminadas, o jeito mais seguro é ainda o mais antigo, isto é, escolher o pedaço no açougue e pedir que a carne seja moída na hora, na frente do consumidor.
Esse conselho também vale para os consumidores no Brasil. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, não há lei federal que proíba a venda de carne pré-moída e cada estado pode ter a sua própria legislação.
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